O Festival de Cinema Brasileiro de Marabá acontece de 29 de janeiro a 7 de fevereiro de 2025 e promete transformar a cidade em um grande espaço de celebração da sétima arte brasileira. Com sessões gratuitas e uma programação que vai além das telas de cinema, o evento oferece uma experiência rica e diversificada para os amantes do audiovisual.
Esta é a segunda ação da TramaTeia Produções, realizada em parceria com a equipe do Festival Internacional Amazônida de Cinema de Fronteira – FIA CineFront, dentro do cronograma de 2025.
Com o objetivo de democratizar o acesso ao cinema nacional, o festival incluirá exibições de filmes em praças públicas, universidades e comunidades periféricas. A programação também contará com exposições fotográficas, oficinas de produção audiovisual e debates após as sessões. Além disso, os organizadores planejam promover encontros entre o público e diretores ou produtores, criando um ambiente de diálogo e reflexão sobre as narrativas apresentadas.
Entre os destaques da programação, estão obras clássicas do Cinema Novo, como Terra em Transe, Barravento e Maranhão 66, de Glauber Rocha, além de produções contemporâneas como Bacurau (2019), Retratos Fantasmas (2023) e O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça Filho. A programação também inclui filmes infantis e produções regionais, ampliando o alcance do festival.
Outros títulos que serão exibidos incluem Ó Pai Ó 2 (2023) e O Dia de Jerusa (2014), ambos de Viviane Ferreira; dois curtas de Sabrina Fidalgo, Alfazema (2019) e Personal Vivator (2014); e o sucesso de crítica Motel Destino (2024), dirigido por Karim Aïnouz, atualmente disponível em plataformas de streaming.
Filmes clássicos dos anos 1980 também terão espaço no festival, como Cabra Marcado para Morrer (1984), de Eduardo Coutinho, A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral, e Amor Maldito (1984), de Adélia Sampaio.
Outro destaque é Mato Seco em Chamas (2022), de Adirley Queiroz, que se passa na favela Sol Nascente, em Ceilândia, e aborda um contexto político e social onde o petróleo se torna a principal moeda de troca. A história acompanha Chitara, uma gasolineira que administra um poço particular com a ajuda da irmã, enquanto a ascensão do conservadorismo no Brasil transforma suas ações em um ato de resistência.
A diversidade de obras que compõem o festival reflete a riqueza do audiovisual brasileiro, com produções de diferentes estados, gêneros e temporalidades.
Na categoria curta-metragem, o festival apresenta Solitude (2021), de Tami Martins; Vida Maria (2006), de Márcio Ramos; Eu Sou Meu Próprio Lar (2024), de Lara Borges; e Histórias da Margem (2024), de Eduardo Nunes.
Já na categoria infantil, estão confirmados Òrun Àiyé – A Criação do Mundo (2015), de Jamille Coelho e Cintia Maria; Ga-vi: A Voz do Barro (2021), de Ana Letícia Meira Schweig; Vellozia (2024), de Pedro de Castro Guimarães; e Tito e os Pássaros (2019), de André Catoto.
Toda essa programação é viabilizada pelo Edital Público Nº 04/2024, destinado ao incentivo e fomento à capacitação audiovisual, cineclubes, festivais e mostras culturais em Marabá, com recursos da Lei Paulo Gustavo, da Prefeitura Municipal e da Secult.
Anote as datas na sua agenda, acompanhe as redes sociais da TramaTeia Produções ou do CineFront, e mergulhe na maratona de filmes nacionais em Marabá.
Por Jairon Gomes.