Nos últimos dias, a possibilidade de abertura de uma filial vem sendo comemorada por uma camada, digamos, “premium” da sociedade de Marabá. Trata-se da rede de restaurantes Coco Bambu, uma das mais conhecidas em território nacional. O anúncio não foi confirmado pelo grupo, mas foi ventilado nas redes sociais e ganhou até uma notinha no jornal Correio de Carajás.
À despeito de todo o frenesi do anúncio (que ainda é só uma possibilidade), na última semana, o Coco Bambu foi condenado por injúria racial e acúmulo de funções, em ação movida por uma ex-funcionária. De acordo com o relatado no processo, a trabalhadora alega que, embora tivesse sido contratada como auxiliar de cozinha, frequentemente, realizava o preparo, finalização e manuseio de equipamentos.
O caso também trata de injúria racial. A mesma ex-funcionária afirma ter tido o cabelo comparado a um “Bombril” por uma colega. O fato, segundo a vítima, foi testemunhado por outros funcionários e negligenciado pela gestão do restaurante.
Em sua defesa, o restaurante negou que a mulher exercesse qualquer função fora do escopo previsto no seu cargo e também afirmou desconhecer o caso de injúria racial relatado. No entanto, com base no depoimento de testemunhas, a Justiça considerou a trabalhadora acumulava outras funções. Sobre a injúria racial, testemunhas também afirmaram que os superiores foram devidamente informados, mas que permaneceram omissos.
Ao final do processo, o Coco Bambu foi condenado a pagar uma indenização de R$30 mil por danos morais pelo caso de injúria racial sofrido pela ex-funcionária, além de um adicional de 10% sobre o salário devido ao acúmulo de funções comprovado. O caso foi registrado na unidade de Niterói (RJ).